terça-feira, julho 11

podres

[não é pra fazer sentido, é soh pra posta]

e toda esse sexo e toda essa droga e tudo que os consome e os mantem vivo ao mesmo tempo em que morrem tão claramente. isso me dá medo medo de que eu seja o eles do passado

e isso, isso doi em mim


mas meu maior medo é de que eles sejam eu do futuro

e por mais que eu saiba de todo o meu nojocom o tempo a gente muda de conceitos e eu tenho tanto medo caratanto medo de ir perdendo parte de mim e de ir ganhando parte deles nesses tempos e por onde a gente começa a se meter por onde a gente começa a se fazer real a gente tá virando eles

eu sei que a gente ta virando eles e a gente idolatra eles enquanto a gente fala mal de toda essa orgia e de toda essas drogas, esses alcools e os cigarros e tudo mais que eles conseguirem enfiar no corpo e a gente tem virado eles mesmo com o alcool e os cigarros não tendo se tornado vicio ainda, e até todos os meus cds tem se tornado eles e todas as minhas manias e as minhas girias e as minhas roupas e a gente ta virando eles e a gente sabe e a gente quer mas a gente fala mal deles como se fossem bixo mas a gente fala bem deles com se fossem estrelas de verdade que a gente possa tocar enquanto a gente eh tudo que na verdade eles querem ser, a gente sabe que eles nos invejam bem no fundo e bem no fundo a gente tem nojo deles mas todo mundo continua fingindo que a gente quem quer ser eles e eles quem nos dezpressam enquanto todo mundo sabe que ta tudo bem que ta tudo bem e a gente vai vira eles mas eles nunca mais vao vira a gente


e é por isso que sair ganhando não é sempre bom, e mesmo fazendo o que a gente quer, porque a gente quer virar eles, e a gente luta pra isso, por mais que eles sejam pateticos e viciados e tenham caido numa rotina, a gente quer virar eles e provavelmente a gente vai virar eles, e eles não, eles vão cair e eles não vao ser nem a gente e nem eles, e nem nada. eles vão cair e vão morrer, e vão deixar de ser os bons, eles vão ser os podres, eles vão cair, cair como fruta podre da arvore, eles vão morrer morrer de overdose, de medo, de tédio. e a gente vai crescer enquanto degrada junto com eles, porque eles já eram podres, jah eram frutas podres se pindurando na arvore, e a gente ainda tá virando fruto, a gente ainda é novo e a gente tem tudo pela frente e eles nao, eles vão cair. cair e morrer. E eles não chegam a lugar nenhum, mas a gente tambem nao, pq a gente vai ser eles. A gente sabe qeu a gente vai ser eles e a gente nao se importa, porque a gente idolatra eles, e a gente vai durmir com eles, velhos e bebados e drogados e como todos aqueles que hoje dormem com eles. e a gente vai durmir com eles e se sentir especial, mas só no começo, porque depois a gente vai ficar como eles, rotineiros, decadentes, viciados, podres, e nem vai fazer diferença comer o mendigo ou o superstar, porque eles são a msitura do mendigo e do superstar, e a gente vai ser eles, a gente vai ser o medigo e o superstar na cama a gente vai ser melhor do que eles pq a gente começo antes, a gente vai ser mais jovem, vai ter mais gente olhando pra gente, querendo ser a gente, e eles nao, eles tão ficando podre, podres podres podres de bebados e de drogados, eles tão podres e a gente tá puro, e bonito e se é que um dia a gente vire eles, porque a gente é perfeito, a gente é o que todos invejam, mas a gente vai vai e vai e cai, e de uma forma ou de outra a gente tambem fica podretalvez nao por ficar igual a elesmas porque quando a gente cresce a gente fica podre, a gente tem 30 anos e bebe e a cabeça parece que vai explodir, a gente transa uma vez por trimestre, e a gente tem tudo caindo, tem pouco dinheiro e acertam sempre as mesmas tosquices que nem mais tem graça, e ser diferente vai ser sinal de ser um falido. e hoje em dia nao, hj em dia a gente tem tudo na mao, a gente pode vira noite a gente pode transa o dia inteiro e a gente tem tudo no lugar a gente erra e a gente gosta de ser errado, de ser diferente, porque a gente é igual mas a gente é que nem eles, a gente é jovem e ser velho nunca, a gente vai ser sempre jovem com essa inocencia que a gente finge ter, mas que a gente sabe que tem, e a gente ve droga, e a gente ve sexo e a gente quer ser como eles, a gente quer ser essa fruta podre da arvore, e a gente é podre por dentro e bonito por fora, e a gente vai ver os novatos que vao querer ser a gente e a gente vai rir da cara deles e esquecer que a gente ja foi o q eles sao, e esquecer de avisar eles pra nao entrarem nessa vida bandida de a gente ser eles e eles serem a gente por que isso cansa, e que eles podem ser eles mesmos, sem problemas, que a gente nao se importa se as coisas forem diferentes soh pra varia, e mesmo depois que a gente virar eles, e se matar de tanta droga e de tanto odio e de tanta coisa fora de si a gente nem mais vai saber se os novatos no fim viraram a gente e se a gente também conseguio virar eles, porque eles sabem que a gente é o eles do passado, e isso doi, isso doi neles

sábado, julho 8

os tempos bons não estão tão próximos

e é a comida que acaba, é a tristeza que aumenta, é a pobreza falando mais alto e os tempos bons nem estão tão proximos...

o olhar perdido, o desejo de ter um lugar melhor, um passeio no campo um desejo de mudar tudo um desejo de indiferença tão grande que nem sequer deixa que haja movimento
e é um clima de terror é a guerra a guerra que se tem em casa e nem amor nem amor se consegue reconhecer em tempos assim por mais que o sorriso seja forçado, por mais que as lagrimas nunca sejam contidas
nao tem ngm pra ter piedade nao tem ngm pra salvar ngm e onde ficam todos os bons cristãos nessa hora?
e onde ficam os nossos corações partidos olhando como quem olha qualquer coisa pra esse bando de gente morrendo e a gente morre por dentro e deixa, diferente deles, a gente deixa a gente morrer a gente nem tentou mudar e eles foram incapacitados morrendo diante dos nossos olhos enquanto a gente compra um pacote de pipoca e morre com eles

e o jeito cuidadoso e o temor de um ataque e a mentira da felicadade invade invade tudo até que não dá mais e se cai de desespero se transformando em um corpo que nem se quer sente mais amor que nem se quer sente mais afeição que nem se quer sente mais dor que nem se quer sente mais.

sexta-feira, julho 7

(nov)ela

e ela se enche de raiva e morre por dentro
enquanto eles assistem o ultimo capitulo da novela
e ela faz parte da novela
entediante como tal
alienando quem a conhece e mesmo quem a perdoa
e a faz melhor
alienando sempre
e dando informações erradas
as vezes por interesse proprio
as vezes por puro gosto
as vezes também eh sincera
sincera de mais
e coloca na teve a realidade


ela chora e chora
e anda sensivel e vulneravel
e ela chora enquanto eles olham teve
qualquer coisa
qualquer desvio
qualquer falha no cotidiano
um imprevisto
um pouco de ousadia de mais
um pouco de esperança de mais
faz ela cair
e despenca
e chora
e chora por dentro
e tem chorado por fora
como quem nao sabe o que faz
mas chora puramente
ciente que esta sendo sincera consigo mesma
mas como a novela
eh entendiante
eh patetica
serve de passatempo pra eles que assistem a teve
serve de passatempo pros seus amigos que fingem q ainda lembram dela
que fingem q nunca vao esquece-la
pros seus amigos que ela nao tem

e ela chora
e chora sobre magoas antigas
e reabre todos os sentimentos esquecidos
mas chora
chora com gosto
com raiva
e aparenta estar braba e irritada
e nervosa
e bate a porta
e atrapalha a novela
o ultimo capitulo da novela
e tem medo do choro
tem medo de q eles se irritem e tudo piore
tem medo de parecer fraca de mais
e ela sabe que ela é fraca de mais
mas a muito tempo ela deixou de conseguir desfarçar
ela agora chora
sobre qualquer desculpa
chora tudo que em anos ela nao conseguio
que perante a emoçoes ela reprimiu
hj ela chora ainda que triste
ainda que feliz por conseguir chorar de novo
e poem os sentimentos pra fora
pra qualquer um pegar e ver
e fazer dele um lixo
e rir dela
e chorar com ela


e é como se chorasse rios e rios de lagrimas
é como se a consciencia nao fizesse sentido e as horas passassem em meio a tanta agua
e ela cansa
e ela cai
e ela chora enquanto eles morrem assistindo a novela.

segunda-feira, julho 3

...a carne é fraca?

E me permito brincar com o título de um filme muito interessante que eu ainda não vi;

a carne é fraca?
Será que é o corpo que não consegue resistir aos "pecados"?
(obs: Leia pecados como: as coisas que não gostariamos de fazer, mas não nos controlamos e fazemos de qualquer jeito. )

Eu as vezes acho que a mente quem brinca com a gente, ela quem quer fazer o errado, quer ser errada.
E não é o corpo que se deixa levar, mas a alma. O pensamento. O ciente. A razão que nos leva a ser assim, que nos leva a querer o que não se pode. E o corpo não diz que não, mas quem diz que sim é a cabeça. Quem diz que não é a sociedade, e a gente diz que sim, a gente diz que sim, que sim, que sim. QUE SIM. A linha entre a gente e o corpo, e a alma e a gente de novo e tudo que couber - a linha entre isso, não existe. E no fundo é tudo desculpa. E no fundo o corpo quer. A mente quer. A gente quer. E a gente não resiste. O ser humano nunca resiste. O ser humano é fraco. E a carne então, a carne é fraca.